"ADASA na Escola" investe na recuperação do Ribeirão Sobradinho

               O Programa “Adasa na Escola”, coordenado pela Superintendência de Recursos Hídricos (SRH), em apoio ao projeto de revitalização do ribeirão Sobradinho, está promovendo nas 48 escolas da região- com cerca de 20 mil alunos (educação infantil ao ensino fundamental)- palestras ambientais sobre recursos hídricos, drenagem e resíduos sólidos. Para que eles sejam guardiões da defesa do ribeirão junto à comunidade.

               Além dos alunos, os cerca de 900 professores da rede pública recebem informações e material sobre os temas do programa – melhoria da gestão, consumo consciente e manutenção das fontes dos recursos hídricos. A proposta objetiva, ainda, aproveitar a relação família-escola para implantar uma gestão participativa no combate ao desperdício da água, com alunos, pais, professores e diretores discutindo as melhores práticas para garantir o futuro da oferta de água para todos.

               A coordenadora do programa, Cássia Van Den Beusch, salienta que as palestras, normalmente três vezes por semana, buscam levar aos estudantes condições para que eles se identifiquem com as necessidades locais. Durante todo o mês de março as visitas dos técnicos da Adasa às escolas ocorrerão com mais frequência.Ainda neste primeiro semestre será lançado um concurso nas escolas para a escolha da logomarca do projeto ribeirão Sobradinho, com premiação para os alunos melhores colocados. A logomarca escolhida será adotada em todas as placas, cartazes e folheteria do programa de revitalização do ribeirão.

Impactos negativos

               O ribeirão Sobradinho, encontra-se a 22 quilômetros de Brasília, com extensão de 28 quilômetros e área de drenagem de 153 km². A cidade de Sobradinho e adjacências (condomínios) possuem cerca de 150 mil habitantes, com um cenário de expansão urbana acelerada. A infraestrutura urbana de drenagem pluvial e de esgotamento sanitário não consegue acompanhar este desenvolvimento.

               Desde sua nascente, o ribeirão é impactado por desmatamentos e impermeabilizações sem critério, prejudicando o ciclo hidrológico quanto à recarga subterrânea. E mais, há diversas captações irregulares para abastecimento dos condomínios.